Auxiliar de carpinteiro diz ter matado médico a facadas durante briga

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Na cadeia. Um auxiliar de carpintaria, de 28 anos, foi preso suspeito de matar o médico Luiz Carlos Correia Oliveira, 62. Segundo a polícia, ele confessou ter assassinado a vítima com três facadas no pescoço e depois ter abandonado seu corpo em um matagal, localizado na Via Parafuso. O auxiliar já estava com um mandado de prisão em aberto.

A informação foi divulgada, na tarde desta quinta-feira, dia 27/10, pela diretora-adjunta do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

De acordo com as investigações, o homicídio ocorreu no dia 2 de outubro, mesma data em que o médico desapareceu ao sair de casa, em Piatã, e dirigiu-se até a casa do suspeito, na Travessa 5 de Agosto, em Pau da Lima. Ali, os dois consumiram bebida alcoólica e o criminoso disse ter atacado o médico com uma faca após uma briga.

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Segundo o suspeito, no dia do crime o médico sugeriu que os dois tivessem uma relação íntima, o que deu início a uma luta corporal. Depois de esfaquear Luiz Carlos, o auxiliar de carpinteiro livrou-se do corpo, mas permaneceu com o veículo da vítima, um Polo, de cor prata, tendo-o descartado alguns dias depois, na Via Parafuso, devido à repercussão em torno do desaparecimento.

De acordo com a delegada Clelba, que coordenou a investigação, uma perícia utilizando luminol (reagente ao sangue) realizada na casa do suspeito revelou vestígios de sangue. “Um exame vai desvendar se esse sangue é da vítima”, explicou. Segundo a delegada não há dúvidas quanto à autoria do homicídio. “Foram colhidas nove amostras de material genético, para que o laboratório possa fazer a comparação e a investigação prossegue”, contou Clelba, acrescentando que mais pessoas serão ouvidas e novas diligências serão realizadas. “Aguardamos os laudos que vão confirmar a versão dada pelo carpinteiro”, completou.

O diretor do IML, Mário Câmara, explicou aos jornalistas que o exame da arcada dentária, feito para identificar o corpo do médico, é reconhecido internacionalmente e tão seguro quanto o de DNA. “Como a vítima possuía um vasto arsenal de exames odontológicos, facilitou a identificação por esse método”, salientou o médico. Câmara também explicou que o avançado estado de decomposição do corpo retardou a identificação.

O auxiliar de carpinteito foi autuado por homicídio qualificado, por motivo fútil, a traição e por dificultar a defesa da vítima, e, se condenado, pode pegar de 12 a 30 anos de prisão. Com uma passagem anterior pela polícia por furto, ele foi encaminhado ao sistema prisional.

Foto: Polícia Civil

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