O vereador Sidninho (PTN), presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal considerou um retrocesso a aprovação nessa quarta (15) do projeto de indicação para que as escolas municipais de Salvador fixem cartazes nas salas de aula informando direitos e deveres dos professores. A matéria é base para o polêmico projeto Escola Sem Partido, que vem sendo discutido também no Congresso Nacional. “A proposta determina a robotização dos docentes, que serão impedidos de contribuir com a formação crítica dos alunos e passarão a repetidores dos assuntos ditados nos livros. Não podemos colaborar para que nossos jovens estejam à margem da realidade, da ciência e da história real”, contesta Sidninho.
“Existe uma grande diferença entre indicação e Projeto de Lei. A aprovação da indicação segue como sugestão ao Executivo, e com certeza vai figurar como prêmio de consolo, aos conservadores que desconhecem a realidade da educação no Brasil.”
Na semana passada, o Ministério Público abriu investigação contra a matéria, em ação movida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB). Segundo o documento enviado pelo MP à presidência da Casa, o objetivo é apurar eventual violação aos princípios e normas que regem o direito à educação brasileira.
“Querem doutrinar as famílias através do medo, espalhando a falsa ideia que a educação moral repassada pelos pais dos alunos está sendo desrespeitada pelos professores. Defendemos que o debate pode ser ampliado em sala de aula, sim, para que os alunos entendam a realidade à sua volta. Acreditamos em professores conscientes do papel que exercem na formação do caráter e nas possíveis escolhas dos alunos. Não queremos estudantes alienados mas nem por isso aprovamos a ideia de professores levianos. Apenas somos contrários à censura imposta aos docentes.”
Foto: Divulgação PTN
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