Largou a joça. Licenciado da presidência da Confederação Brasileira de Futebol, Marco Polo Del Nero prestou depoimento na CPI do Futebol, em Brasília. O cartola se defende das acusações provenientes da Justiça norte-americana, sob acusações de envolvimento em um esquema de corrupção dentro da entidade. Antes de ser sabatinado pelos membros da CPI, que é presidida pelo senador Romário (PSB-RJ), Del Nero alegou inocência em depoimento.
“Sou acusado de forma injusta, mas não surpreendente. Tendo em vista o que acontece no futebol mundial, é normal ser questionado. Sou responsável pelo cargo que ocupo e pelo ônus que ele trás. Eu me defenderei com a certeza absoluta da minha inocência. Não tenho o que esconder. Tomei a iniciativa de me afastar da presidência da CBF para me dedicar a minha defesa e evitar influência nas investigações”, disse Del Nero.
Questionado por Romário por causa das ausências em viagens ao exterior para representar a CBF, Del Nero foi sucinto na resposta. “Não viajei porque fui aconselhado pelos meus advogados”, limitou-se a dizer o cartola.
Del Nero também foi indagado sobre sua saída da Suíça às pressas no mesmo dia em que José Maria Marin, ex-presidente da CBF, foi preso junto com outros dirigentes. O mandatário licenciado deu sua versão sobre o ocorrido.
“Eu entendi que era mais importante estar no meu país naquele instante. O que eu posso fazer por ele na Suíça? Nada. Eu tenho que cuidar do nosso país. Eu não poderia fazer nada lá”, afirmou.
Após Del Nero dizer que “não há motivos” para ele ser preso, Romário partiu para o ataque.
“Como não tem motivo? O FBI está aqui. Corrupção, formação de quadrilha… Motivo tem um monte. Está aqui nos autos do FBI”, afirmou o senador, que completou. “Então, além de corrupto, é mentiroso?”
Foto: Reprodução/Folhapress
*Com informações do portal da Band
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