O tom de autocrítica e os ataques à reforma política da Câmara dominaram o Congresso Estadual do PT, realizado neste sábado, dia 30, no Hotel Fiesta. Uma das estrelas do evento ao lado do governador Rui Costa, o ministro da Defesa, Jaques Wagner, admitiu, publicamente, um erro que grande parte dos petistas históricos do partido já havia identificado desde o estouro do mensalão, em 2005: em vez de aproveitar a maré de popularidade do governo Lula para desintegrar um sistema político calcado na corrupção, o PT optou por mantê-lo. Deu no que deu.
“Cometemos um equívoco quando assumimos, em 2002, o governo do Brasil. Com a liderança que nós tínhamos, não desmontamos a máquina de fazer política equivocada e derrotada. Nós erramos ao não termos enfrentado a batalha da reforma política, que é a mãe de todas as reformas”, discursou Jaques Wagner, que chorou ao falar das políticas sociais criadas nos 12 anos de gestão petista. O descompasso torna mais difícil atender ao pedido de Wagner para que o Senado derrube o financiamento privado de campanha.
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