Deputado quer proibir cobrança de taxa por mala de mão em voos

Êta. Um Projeto de Lei que tramita na Câmara dos Deputados proíbe as companhias aéreas de cobrarem tarifas adicionais pelo transporte de bagagem de mão em voos domésticos e internacionais. A proposta surge após o anúncio de algumas empresas do setor sobre a intenção de implementar taxas extras para malas pequenas, o que gerou forte reação negativa entre consumidores e parlamentares.

O texto do projeto, do deputado federal Leo Prates (PDT-BA), garante ao passageiro o direito de levar consigo uma mala de até 10 quilos, dentro das dimensões estabelecidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), sem custos adicionais. A medida, segundo o parlamentar, busca restabelecer um direito básico dos usuários e conter práticas consideradas abusivas.

“É um absurdo que as empresas aéreas queiram cobrar por algo que sempre foi um direito do passageiro. Essa prática representa um verdadeiro desrespeito ao consumidor e precisa acabar. Nosso projeto tem o objetivo de restabelecer o bom senso e a transparência no setor aéreo, garantindo que o passageiro possa levar sua mala de mão sem pagar a mais por isso“, afirmou Leo Prates.

De acordo com o texto do PL 5064/2025, as companhias que descumprirem a norma estarão sujeitas a sanções administrativas, conforme regulamento a ser definido pela Anac e órgãos de defesa do consumidor.

A iniciativa de Prates se soma a um movimento mais amplo no Congresso que busca rever políticas de cobrança adotadas pelas empresas aéreas desde 2017, quando foi autorizada a tarifação por bagagens despachadas. À época, as companhias alegaram que o fim da gratuidade reduziria o preço das passagens, o que, segundo entidades de defesa do consumidor, nunca se concretizou.

Siga @sitehoradobico NO INSTAGRAM

Fotografia: Tatiana Azeviche/GOVBA