Cidadão leva estranho para casa e acaba morto a facadas

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O suspeito de matar Gilmar Bonfim de Jesus, 41 anos, o jovem identificado como João Afonso de Sena Henrique, 21 anos, confessou o crime na delegacia. Ele disse que agiu porque foi ameaçado por uma faca por Gilmar para que os dois mantivessem uma relação íntima. João disse que então reagiu e atacou Gilmar, que foi esfaqueado no pescoço, tórax e abdômen. A vítima morreu no local depois de receber mais de 20 facadas.
Após o crime, João ainda ateou fogo à casa, que fica na Alameda Colinas do Mar, em São Marcos, para tentar evitar a entrada da Polícia Militar. Ele foi preso em flagrante pouco depois e levado ao Hospital Geral do Estado (HGE) por conta de ferimentos na mão.

A delegada Cleuba Regina Teles de Barros, da 2ª Delegacia de Homicídios (Central), disse que João contou que conheceu a vítima em Ipitanga no domingo. “Ele disse para a vítima que não tinha onde ficar, Gilmar se sensibilizou, ofereceu a casa. No domingo ele dormiu lá, tomou banho e comeu e nada aconteceu, mas de segunda para terça ele alega que Gilmar tentou manter relações sexuais com ele, diz que não tinha percebido que ele era homossexual e se soubesse não teria ido para a casa dele”, explica.

O suspeito saiu para prestar depoimento e depois retornou ao HGE. Ele está com tendões da mão cortados. João já tinha antecedentes – estava preso em regime condicional por formação de quadrilha e porte ilegal de arma, depois de matar um tio – crime que ele também confessou depois de ser preso.

Ao ser preso, João também confessou um crime cometido em setembro do ano passado, em Campina Grande, na Paraíba. Ele é acusado de matar seu tio Carlos Augusto Abdias, que era doente mental. De acordo com o delegado Francisco de Assis Silva, da Delegacia de Homicídios do estado da Paraíba, João matou o tio com quem a família disputava um imóvel na comunidade das Malvinas. João teria contado com a ajuda da mãe, Carmita de Sena Abdias, para ocultar o cadáver no quintal da casa. Carmita chegou a ser presa e logo liberada.

João fugiu para a Bahia desde que o tronco e a cabeça do corpo de Carlos foram encontrados em locais diferentes do terreno. “Fizemos contato com a polícia baiana e ele confessou o crime que até então, só havia suspeitos. Sabíamos que ele poderia ter fugido para a Bahia pelo fato de seu pai morar no estado. As polícias vão trabalhar em conjunto já que ele vai ficar preso na Bahia”, afirmou o delegado paraibano. Segundo a delegada Cleuba Regina, do DHPP, embora tenha confessado o crime, João ainda não tinha um mandato de prisão expedido, mas no Tribunal de Justiça da Paraíba ele consta como um dos indiciados pelo crime.

 

 
Foto: Divulgação

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