Revista acusa deputado Bacelar de cobrar repasse de empreiteira por ajuda em contrato com a Valec

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Êta. Cotado para assumir a presidência do PR em 2015, o deputado federal João Carlos Bacelar é acusado, em reportagem da revista Veja publicada neste domingo, dia 27, de pedir participação nos lucros da empreiteira mineira Pavotec Pavimentação e Terraplenagem, em troca do contrato firmado entre a empresa e a Valec, estatal responsável pela construção de ferrovias no país. A companhia está vinculada ao Ministério dos Transportes, que está sob o controle da pasta – em junho, o baiano Paulo Sérgio Passos assumiu a pasta, em substituição a César Borges, ambos republicanos. Segundo Veja, pouco antes da saída do ex-governador da Bahia, o dono da Pavotec, Djalma Diniz, procurou Borges em seu gabinete para relatar que sofria pressão para repassar parte do pagamento de contratos firmados com o MT com parlamentares. O autor da pressão seria Bacelar, que dizia falar em nome do partido e pedia o dinheiro sob alegação de que a sigla o ajudou a fechar os certames. Com isso, afirma a reportagem, o porcentual cobrado pelo republicano seria de mais de 8%, o dobro do que era solicitado por membros do partido em um esquema de propina controlado pela legenda que teria levado a demissão de seis ministros em 2011, entre eles Alfredo Nascimento (PR), titular dos Transportes. A exoneração ocorreu após a presidente Dilma Rousseff, recém-empossada, ter questionado a elevação de custos das obras do MT. “Vocês são inadministráveis e estão inviabilizando meu governo” , repreendeu Dilma. Veja revelou que a diferença referia-se ao superfaturamento dos serviços por parte das empreiteiras, que repassavam 4% à agremiação em troca dos contratos. À revista, Diniz afirmou que não pediu ajuda de políticos para conseguir o contrato, mas confirmou que inicialmente a Valec duvidou da capacidade da sua empresa em realizar o trabalho. De acordo com a reportagem, o empresário mentiu e não somente foi até a Valec, como teve encontros com parlamentares em hotéis em Brasília e nos corredores do Congresso, sendo Bacelar um dos seus maiores interlocutores. Ainda de acordo com a matéria, eles se encontraram mais de uma vez antes e depois do fechamento do contrato e uma das reuniões foi realizada em uma sala próxima ao plenário na Câmara. Fonte: Bahia Notícias.

Foto: Divulgação

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