“Corredor da morte”, diz representante dos professores sobre volta às aulas

A pressão subiu. Por conta do avanço da pandemia do coronavírus, as aulas presenciais estão suspensas desde março de 2020, na Rede Pública de Ensino da Bahia. As aulas devem retornar no dia 26 de julho, conforme divulgação do Governo do Estado.

Com mais de 5 milhões de pessoas vacinadas contra o coronavírus, com pelo menos a 1° dose, segundo os últimos dados divulgados pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), os estudantes devem voltar às salas de aula em um modelo híbrido, com aulas em dias alternados durante a semana, seguindo o protocolo de saúde.

Entretanto, o anúncio pegou de surpresa a categoria dos professores, conforme o presidente da Associação dos Professores Licenciados do Brasil seção-Bahia (APLB-BA), Rui Oliveira. “Recebo essa informação de forma inoportuna, sem nenhuma consulta à categoria. Lamento que um gestor público compare as aberturas de shoppings, bares, ao ensino. É lamentável essa visão economicista”, explicou, em entrevista ao apresentador Adelson Carvalho, nesta quarta-feira, dia 14/7.

Para Rui Oliveira, condicionar o retorno dos alunos ao corte no auxílio (Bolsa Presença), concedida no valor de R$ 150, para 311 mil famílias e 357 mil estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica é levar uma grande parcela da sociedade mais necessitada ao “corredor da morte”.

Fotografia: Divulgação

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