Posts Tagged ‘vítima de racismo’

Rio de Janeiro: Polícia Civil vai ouvir Taís Araújo sobre caso de racismo

segunda-feira, novembro 2nd, 2015

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Deus é mais. A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou através de nota, nesta segunda-feira, dia 2, que o diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), Ronaldo Oliveira, após tomar conhecimento do crime de racismo que foi vítima a atriz Taís Araújo, determinou à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) a instauração de um inquérito para apurar o crime. A atriz será ouvida e os autores identificados serão intimados para depor. Os ataques racistas aconteceram na noite de sábado, dia 31/10.

Na tarde de domingo, dia 1º, comentários em apoio à atriz Taís Araújo, no Facebook, ganharam destaque nas redes sociais. A hashtag #somosTodosTaisAraujo ficou entre os trend topics, assuntos mais tuitados em um determinado momento, no Brasil. A atriz agradeceu os internautas em seu perfil no Facebook.

 

Foto: Reprodução

“Ser negro é uma das piores coisas do mundo”, desabafa pai de Ronaldo Fenômeno

domingo, março 15th, 2015

Largou a joça. O pai do ex-jogador, Ronaldo Fenômeno, relatou em tom de desabafo no Facebook, no final da manhã de sexta-feira 13, que foi vítima de racismo no condomínio onde mora, no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

Nélio Nazário explicou que esperava o elevador social quando um grupo de pessoas chegou e preferiu utilizar o de serviço. De acordo com ele, “ser negro é uma das piores coisas do mundo”.

Em outra postagem feita na manhã deste sábado, dia 14, Nazário disse que episódios como esse o fazem sentir saudade do “meu Irajá ou também Bento Ribeiro, onde todos na rua se conheciam, ou melhor, quase todos no bairro se conheciam; no Natal, todos iam nas casas dos outros, havia mais amizade e consideração”, escreveu.

“Hoje moro na Barra, deve ter uns 100 apartamentos no prédio e só sei o nome de 4 ou 5 pessoas aqui. Duas delas porque frequentam o mesmo boteco que eu”, desabafou.

Desabafos na íntegra:

“Ser negro nesse país é uma das piores coisas do mundo. Agora aconteceu comigo uma das piores coisas do mundo em relação ao racismo. Estava eu esperando o elevador social, já que moro na cobertura, mas para surpresa minha ninguém veio comigo, preferiram o elevador de serviço.Mas negro é negro em qualquer lugar.E nunca ter medo ou vergonha de sua NEGRUITUDE”

“Quando penso no episódio de ontem,como me dá saudade do meu Irajá ou também Bento Ribeiro,onde todos na rua se conheciam ou melhor quase todos no bairro se conheciam no Natal,todos iam nas casas dos outro,havia mais amizade e consideração,as peladas aos domingos,isso é quando não havia uma lage para bater e todos iam,pois também poderia chegar sua época de construir e os amigos estavam lá,acabava a lage tinha sempre aquela feijoada,bons tempos. Hoje moro na Barra,deve ter uns 100 apartamentos no prédio e só sei o nome de 4 ou 5 pessoas aqui, 2 porque frequentam o mesmo boteco que eu”

‘Não tenho culpa de ser branco’, diz Major Tadeu ao afirmar ser vítima de racismo

sexta-feira, fevereiro 27th, 2015

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O ex-deputado estadual Major Tadeu (PSB), viveu um dos momentos de tensão durante audiência da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Bahia (OAB-BA) desta quinta-feira, dia 26. Durante seu discurso, Tadeu foi vaiado várias vezes pelo público presente no auditório da entidade e teve dificuldades para terminar o discurso, tendo que contar, em alguns momentos, com o auxílio de representantes da OAB-BA, que pediam ordem no local. O ex-deputado afirmou ter sido vítima de racismo por parte de um dos integrantes da plateia do evento. “Estava falando sobre o modelo de segurança pública, quando um negro se levantou e disse que não estava aqui para ouvir um branco falar. Isso é racismo também”, disse. Tadeu ainda afirmou que não iria “revidar esse racismo” e pediu que os integrantes do movimento negro refletissem sobre o ocorrido, que, na opinião dele, indica um racismo às avessas. “Eu peço uma reflexão a uns poucos do movimento negro que estão sendo racistas. Isso é racismo. Eu não posso admitir isso. A cor da pele, pra mim, não é relevante e, sim, a inteligência da pessoa, o bom coração e as boas ações das pessoas. Eu sei que foi uma minoria, foi apenas um que fez isso, o movimento negro está de parabéns, tem que lutar mesmo, tá correto, tá certo. Mas eu fui vítima de racismo aqui, quando ouvi isso. Eu estava, simplesmente, propondo mudanças para o modelo de segurança pública”, afirmou. Tadeu ainda avaliou como positiva a audiência desta quinta e que o modelo de segurança pública atual precisa ser revisto. “Esse modelo de segurança pública tem que ser revisto mesmo, o governo tem falhado. Todos os governos, não só o atual. Todos pecaram em não corrigir o modelo de segurança. Os movimentos negros tem razão nos protestos que fazem, os policiais militares e civis tem razão nos protestos que fazem”, disse. O major ainda afirmou ver “risco de guerra” entre policiais militares e a população negra. “Existe um risco de guerra. Esse clima de tensão pode levar a isso. Eu estou muito preocupado. A forma como se conduz esse debate pode levar a isso e isso me preocupa. Por isso, não vou revidar o racismo que sofri”, declarou. Tadeu continuou: “eu não tenho culpa de ser branco”. “Eu nasci branco por uma questão de genética. Branco, vírgula! Meu cabelo tem DNA negro. Tenho negros na minha família. Minha pele é branca porque não tomo sol, mas eu sou mestiço. Então, eu fui vítima de racismo. Isso é inaceitável”, bradou.

 

Foto: Reprodução/OAB