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Irmãs tramam pelo WhatsApp assalto ao próprio pai

domingo, maio 1st, 2016

Autoridades descobriram a trama após ter acesso às mensagens gravadas no celular da jovem

Misericórdia. A investigação de um assalto deixou os moradores da cidade surpresos.

A polícia descobriu que o crime foi planejado pelas duas filhas mais velhas da vítima. Elas combinaram o crime em detalhes com os executores usando o aplicativo WhatsApp dos celulares.

No dia do crime, dois homens armados invadiram a casa de um comerciante, fizeram ele e as três filhas reféns, agrediram o homem com coronhadas e fugiram levando R$ 18,5 mil em dinheiro, três armas e R$ 40 mil em joias da família.

A filha de 21 anos planejou o crime durante 40 dias e acabou envolvendo a irmã, de 17 anos. Apenas a filha caçula, de 14 anos de nada sabia. A mentora alegou que o pai havia retirado R$ 200 mil de sua conta poupança.

As autoridades descobriram a trama após ter acesso às mensagens gravadas no celular da jovem. Ela criou e administrava o grupo pelo qual, com a ajuda de um amigo estudante de Direito, fez contato com os criminosos.

A filha chegou a mandar a planta da casa para os assaltantes e fotos do cofre onde estavam o dinheiro e as joias. Também se incumbiu de dopar os cães para facilitar a entrada do trio.

As mensagens trocadas com os criminosos estarreceram o delegado Alessander Dias Lopes, que investigou o caso. Numa delas, a jovem avisa os bandidos que o pai tem uma arma. “O lance é surpreender ele”, recomenda. “Se ele atira você atira também”, escreveu. Em outra mensagem, a filha afirma que o pai está “com rolo com a justiça”, por isso deixaria o dinheiro em casa, e não numa conta bancária.

A filha também pede aos criminosos que sejam duros com ela e as irmãs e agridam o pai para dar veracidade à ação.

A polícia desconfiou do envolvimento de alguém da casa porque, além do pai, só as filhas sabiam da existência de um fundo falso num armário, onde eram guardadas as armas e as joias.

Além dos dois executores e da jovem, a polícia prendeu dois suspeitos da receptação do material roubado. Parte das joias e as armas foram recuperadas.

O dinheiro deveria ser dividido com as duas irmãs, mas os assaltantes ficaram com todo o valor. O comerciante negou que tivesse ficado com o dinheiro da filha, mas admitiu que tinha um relacionamento “tumultuado” com ela.

Os nomes não foram divulgados para preservar as menores – vítima e coautora.

O aconteceu em Guararapes, interior de São Paulo.

Foto: Reprodução