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Justiça cassa direitos políticos de Garotinho por 8 anos

sexta-feira, julho 27th, 2018

A 6ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Cidadania da Capital, do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), obteve na Justiça, em segunda instância, a condenação do ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, por improbidade administrativa. Com a decisão, Garotinho fica com os direitos políticos cassados por 8 anos e ainda terá que pagar multa R$ 2 milhões por danos morais e multa de R$ 500 mil.

Na ação, Garotinho é acusado pelo MPRJ de participar de esquema criminoso que desviou R$ 234,4 milhões da Secretaria estadual de Saúde no período de 2005 a 2006. Na época, o estado era governado pela mulher do político, Rosinha Matheus, e Garotinho era seu secretário de Estado de Governo.

De acordo com a sentença, ficou confirmada a dispensa de licitação, com contratação ilícita da Fundação Pró-Cefet para a gestão do projeto “Saúde em Movimento”, que custou aos cofres públicos, o valor de R$ 234 milhões. Ainda de acordo com a Justiça, o contrato só foi possível porque, enquanto secretário de Governo, Garotinho intercedeu para que fosse rompido o contrato com a Fundação Escola de Serviço Público (Fesp), que administrava o projeto, abrindo caminho para o acordo fraudulento com a Pró-Cefet.

Segundo ainda a Justiça, o ex-governador incorreu nas condutas do artigo 10, parágrafos I, VIII e XII, que consistem em facilitar por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial da administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes, dispensa indevida de licitação e facilitar que terceiro se enriqueça indevidamente.

Defesa

Em sua defesa, o ex-governador Anthony Garotinho disse, em nota, que “essa ação por improbidade foi iniciada há quase 10 anos, e que diz respeito ao ano de 2006, quando disputaria a eleição para presidente do Brasil”. Garotinho fala que, “de qualquer forma é preciso deixar claro que essa condenação injusta não implica de forma alguma em minha inelegibilidade”.

Garotinho disse ainda, na nota, que “para começar, essa ação foi julgada neste momento eleitoral sem que eu sequer tivesse defensor constituído no processo, o que demonstra uma pressa sem justificativa e o claro cerceamento de defesa”.

O ex-governador alega que não cometeu “ato algum de improbidade, e essa condenação ocorre sem qualquer prova, pois até as ´perícias requeridas por minha defesa à época foram negadas”.

O ex-governador cita na sua defesa que “a Lei da Ficha Limpa é claríssima ao prever que somente ficam inelegíveis os candidatos que tenham sido condenados por órgão colegiado em razão de enriquecimento ilícito, o que não é e nunca foi o meu caso. Até mesmo a sentença reconhece que não me enriqueci de forma alguma”.

Garotinho cita que “em todas as demais hipóteses, a condenação por improbidade só pode gerar efeitos após esgotados todos os recursos, e tenham certeza que irei recorrer até a última instância para provar que se trata de mais uma injustiça”. Fonte: Agência Brasil

 

 

 

Foto: Reprodução/Arquivo/Agência Brasil

 

Estrela de comercial na TV, deputado Tiririca “corre risco de ficar inelegível”, diz advogado

quarta-feira, julho 16th, 2014

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Xi. O deputado federal Francisco Everardo Oliveira Silva, popularmente conhecido como Tiririca, que já oficializou a sua candidatura à reeleição ao cargo de deputado federal pelo Partido da República (PR), faz parte de um comercial de um site de vendas. No vídeo, que tem duração de 30 segundos e já começou a circular na internet, um casal está prestes a sair de casa quando, de repente, é surpreendido por gritos de um cooler que está no canto da sala. O objeto insiste para que o homem o leve para sair no lugar da mulher: “Larga essa mocreia! Leva eu! Leva eu! Leva eu! Vamo pra balada!”. Eles só conseguem sair de casa depois de fazer um “bom negócio”. Com mais de 100 mil visualizações até a noite desta terça-feira, dia 15, o vídeo já é veiculado em redes de TV aberta e fechada. Mas, em vez do cooler, quem pode desaparecer é a candidatura do parlamentar. Segundo informações dispostas na Cartilha Propaganda Eleitoral – eleições 2014, editada pela Secretaria de Gestão Administrativa e pela Coordenadoria de Gestão Documental, Informação e Memória do Tribunal Regional da Bahia (TRE-BA), “a partir e 1º de julho de 2014 fica vedado às emissoras de rádio e televisão, em sua programação normal e noticiário, veicular ou divulgar filmes, novelas, minisséries ou qualquer outro programa com alusão ou crítica a candidato ou partido político, mesmo que dissimuladamente, excerto programas jornalísticos ou debates políticos”. O advogado baiano especialista em Direito Eleitoral, Ademar Ismerin, em entrevista ao Bahia Notícias, advertiu que, segundo premissas dispostas na Resolução 23.405 do TSE, que trata dos registros e escolhas de candidatos nas eleições 2014, ao participar de propaganda comercial, onde a imagem sua imagem humorística pode fazer alusão à campanha eleitoral, Tiririca “corre o risco de ficar inelegível”. Com informações do Bahia Notícias

Foto: Reprodução