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Beltrame nega ter recebido mesada de esquema de corrupção

domingo, abril 29th, 2018

O ex-secretário estadual de Segurança do Rio de Janeiro José Mariano Beltrame negou, por meio de nota, ter recebido propina de um esquema de corrupção enquanto estava à frente da pasta. A acusação foi feita por Carlos Miranda, considerado o operador financeiro do esquema que envolve o ex-governador Sérgio Cabral, em delação premiada homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), segundo reportagem publicada hoje (29) pelo jornal O Globo.

Segundo a reportagem, Miranda disse que Beltrame recebeu, de 2007 a 2014, R$ 30 mil por mês do esquema de corrupção, que envolveria também o ex-governador Sérgio Cabral.

Em nota, Beltrame disse que a denúncia é uma história “fabricada por alguém que está coagido e, sabe-se lá porque, usando meu nome para jogar fumaça sobre os próprios dramas”. Beltrame diz ainda que ele mal conhece o delator e que Carlos Miranda corre o risco de passar os próximos 20 anos na cadeia.

O ex-secretário de Segurança afirmou também que já foi caluniado outras vezes pelo fato de ter sido inquilino de um assessor de Cabral, Paulo Roberto, que, de acordo com Miranda, seria o intermediário de Beltrame para receber a propina. “Oportunistas de plantão […] usaram e abusaram dessa história do imóvel, tentando fazer de meu inquilinato uma prova contra minha honestidade. Fui caluniado algumas vezes. Com os recibos de aluguéis e minhas declarações de Imposto de Renda, venci todas as ações no Judiciário, com direito a indenizações reparatórias”.

Beltrame, que foi o mais longevo secretário de Segurança do estado e responsável pela implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), encerra a nota dizendo que a acusação, “além de fantasiosa, não tem pernas. São as únicas metáforas que encontrei para substituir o já tão desgastado ‘absurdo’”. Agência Brasil

 

 

 

Foto: Reprodução/Agência Brasil

 

Força-tarefa da Lava Jato vai pedir aumento da pena de Sérgio Cabral

quarta-feira, junho 14th, 2017

A força-tarefa da Operação Lava Jato anunciou que vai recorrer da sentença publicada pelo juiz federal Sergio Moro no processo que envolve o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Segundo nota divulgada pelo Ministério Público Federal (MPF) no Paraná, a procuradoria pedirá “aumento significativo” das penas aplicadas aos condenados no processo.

O ex-governador foi sentenciado a 14 anos e 2 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Pelos mesmos crimes, também foram condenados o então secretário do governo Cabral, Wilson Carlos Carvalho, e Carlos Miranda, sócio de Cabral. O primeiro foi sentenciado a 10 anos e 8 meses e o segundo, a 12 anos de prisão.

Os procuradores também afirmaram que vão recorrer da absolvição da esposa do ex-governador, Adriana Ancelmo, e de Mônica Carvalho, esposa de Wilson Carlos. Segundo o MPF, “as provas produzidas demonstram que Adriana e Mônica participaram dos crimes cometidos de forma consciente”.

A força-tarefa da Lava Jato apresentará o recurso ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).

Foto: Agência Brasil

Em depoimento a Moro, Cabral admite ter recebido caixa 2, mas nega outros crimes

sexta-feira, abril 28th, 2017

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral negou ter recebido propina da Andrade Gutierrez no contrato para construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Ele foi ouvido, nesta quinta-feira, dia 27/4,  pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, na condição de réu do processo a que responde no âmbito da Operação Lava Jato.

No início da audiência, os advogados informaram a Moro que Cabral responderia apenas às perguntas formuladas pela defesa. O juiz reconheceu o direito ao silêncio do réu, mas comunicou que faria os questionamentos e deixaria ao próprio ex-governador a decisão de se calar ou responder.

Moro perguntou, então, se Cabral recebeu vantagem indevida da Andrade Gutierrez na contratação para construção da Comperj. “Não é verdade”, respondeu Cabral, que foi imediatamente orientado pelos advogados a se ater ao plano inicial. O réu, então, silenciou durante o restante dos questionamentos do juiz e dos procuradores do Ministério Público Federal (MPF).

Aos próprios advogados, Sérgio Cabral ressaltou que não recebeu propina da Andrade Gutierrez. Ele também afirmou que mantinha apenas “relações institucionais” com os executivos da empresa.

A defesa passou, então, a perguntar sobre as demais acusações feitas na denúncia, como os crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Cabral negou ter comprado mercadorias com propina para dissimular a origem do capital. “Comprei com recursos próprios e sobras de recursos de campanha”, afirmou.

Foto: reprodução

Ex-executivos da Andrade Gutierrez confirmam propina para Cabral

quinta-feira, fevereiro 16th, 2017

Em depoimento nesta quarta-feira, dia 15/2, ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal no Rio de Janeiro, no âmbito da Operação Saqueadores, os ex-executivos da Andrade Gutierrez Rogério Nora de Sá e Clóvis Renato Primo reafirmaram que a construtora pagou propina para participar das obras de reforma do Estádio do Maracanã, em manobra chamada de “contribuição de governo”.

A Operação Saqueadores investiga esquema de desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro no valor de R$ 370 milhões. Os principais acusados são o dono da Construtora Delta, Fernando Cavendish, e o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Além deles, foram denunciadas 21 pessoas, entre executivos, diretores, tesoureira e conselheiros da empreiteira e proprietários e contadores de empresas fantasmas criadas pelo contraventor e pelos empresários Adir Assad e Marcelo Abbud.

Foto: Reprodução