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Filarmônicas e grupos populares desfilam no 2 de Julho

quinta-feira, junho 30th, 2016
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Um cortejo com sete bandas filarmônicas e três grupos da cultura popular, oriundos de diversas cidades baianas, participa do desfile cívico de 2 de Julho em homenagem à Independência da Bahia, que tem o apoio da Fundação Cultural (Funceb), unidade da Secretaria de Cultura do Estado (Secult). Organizado pela Coordenação de Música da Diretoria das Artes (Dirart) da Fundação, o cortejo começa às 9h, tendo como ponto de partida o Colégio Iceia, no Barbalho.

Participam do desfile a Filarmônica Santamarense (Vera Cruz), Filarmônica Terpsícore Popular (Maragojipe), Filarmônica 5 de Março (Muritiba), Filarmônica União Sanfelixta (São Felix), Filarmônica Filhos de Apolo (Santo Amaro), Filarmônica Amantes da Lyra (Santo Antônio de Jesus), Filarmônica Ramos da Oliveira (Santo Amaro) e os grupos os grupos populares Rancho do Papagaio, Samba de Roda Vovô Pedro e Chegança de Mouros Barca Nova (Saubara).

O Desfile do 2 de Julho é um evento cívico em comemoração às lutas pela Independência do Brasil, na Bahia, manifestação registrada como Patrimônio Cultural, garantindo a representação de diversas regiões do estado. Na data comemorativa, o cortejo sai às 9h do Barbalho, em direção ao Largo do Carmo, Pelourinho. As filarmônicas e os grupos ficam inicialmente dispostos ao longo desse percurso, apresentando seus repertórios para o público, e, em seguida, se integram ao cortejo. As comemorações seguem pela tarde, a partir das 14h, e sai da Praça Municipal, com destino ao Campo Grande.

Atrações

Sociedade Filarmônica Terpsícore Popular

Fundada em 13 de junho de 1880 pelo maestro Theodoro Borges da Silva, em Maragojipe, no Recôncavo, é atualmente regida por Roque Adson Santos de Jesus. Com 136 anos de tradições e glórias alcançadas, possui um corpo musical composto por 42 músicos, todos provenientes de sua escolinha de música. A Terpsícore é tricampeã do estado da Bahia e tetracampeã do Festival de Filarmônica do Recôncavo Baiano, realizado na cidade de São Felix.

Sociedade Filarmônica União Sanfelixta

Instituição filantrópica oriunda de São Felix (Recôncavo), fundada em 7 de setembro de 1916. Tem como principal objetivo cultivar e desenvolver a arte lítero-musical na comunidade. A União Sanfelixta mantém uma escola de iniciação musical, onde crianças e jovens da comunidade adquirem conhecimentos artísticos musicais. Regida pelo maestro Amando Nobre, a filarmônica possui um corpo musical com 45 músicos. É campeã do 8º Festival de Filarmônica do Recôncavo e do I Encontro de Filarmônica do Sul.

Filarmônica 5 de Março

A Associação Educacional e Musical 5 de Março foi fundada na cidade de Muritiba (Recôncavo), em 5 de março de 1897, e é considerada utilidade pública municipal e estadual, por manter uma escola de música com ensino gratuito e uma banda formada por jovens muritibanos. Seu primeiro regente e maestro foi o músico João Borges dos Santos. A participação na Festa da Paz Universal, por ocasião do final da 2ª Guerra Mundial, as participações nos principais eventos que marcaram a vida política e social de Muritiba e os títulos conquistados nos festivais dos quais participou marcam a história desta filarmônica centenária.

Sociedade Filarmônica Amantes da Lyra

Fundada em 1977, é uma organização composta por associações cívicas e sociais do estado da Bahia. Sediada em Santo Antônio de Jesus (RMS), sempre teve uma atuação marcante nos principais eventos e solenidades realizados na cidade e região. Tem o reconhecimento popular não só pelo amor à música e à cultura regional, mas também pelo seu papel de capacitação profissional de jovens músicos. Em 2012 a filarmônica promoveu a gravação do CD Memória dos Amantes, com choros compostos por Silvino Baptista dos Santos, um dos seus mestres mais importantes.

Sociedade Filarmônica Filhos de Apolo

Com um nome que homenageia o Deus grego Apolo, Deus do sol e considerado Deus da música, da poesia e divino padroeiro das artes, Filhos de Apolo substituiu as primeiras filarmônicas da cidade de Santo Amar (Recôncavo). Sua fundação é datada de 5 de setembro de 1897 e logo após já contava com vários adeptos. Seu primeiro regente pertenceu ao 16º Batalhão de Caçadores (nome até então desconhecido), acredita-se que fora sucedido pelo músico Luiz Rocha, depois por João Baraúna e Egydio de Souza Braga.

Filarmônica Lyra Santamarense

Considerada um importante patrimônio cultural da Bahia, a Filarmônica Lyra Santamarense foi fundada em 20 de abril de 1936, em Vera Cruz, no distrito de Jiribatuba. Possui um corpo musical formado por 50 músicos e mantém uma escolinha de música com ensino gratuito para cerca de 80 alunos. Seu maestro é Josias de Souza Monteiro, que iniciou sua formação musical na própria filarmônica.

Filarmônica Ramos da Oliveira

“Porque Juntos Somos Mais Fortes”, esse é o lema utilizado pela filarmônica, que tem apenas quatro anos de existência. Com 22 componentes, já participou de vários encontros em outros municípios vizinhos. Oferecem aulas de música para crianças e adolescentes além de oficinas de teatro e flauta doce. A Ramos da Oliveira está integrada à sociedade espírita Renascer, de Oliveira dos Campinhos, distrito de Santo Amaro.

Rancho do Papagaio

Manifestação popular de Saubara (Recôncavo), o Rancho do Papagaio é uma roda de samba, e nela é chamado o papagaio. Quando ele entra na roda, um caçador vê e quer matar o papagaio. A população acusa o caçador e o papagaio cai no chão. Esse, que não é morto pelo caçador ,é convidado a se levantar e entrar novamente na roda, assim começando um samba de retirada do papagaio.

Samba de Vovô Pedro

Fundado em 28 de setembro de 2011 em Saubara, por Mestre Pedro e alguns amigos sambadores, o grupo surgiu a partir de uma brincadeira em família e é formado por sambadores antigos da região. Com 28 componentes, o Samba de Vovô Pedro acrescenta mais dinamismo no cenário musical do Recôncavo, tocando samba chula e samba corrido. Vovô Pedro, mestre responsável pelo grupo, participou efetivamente no processo do reconhecimento do Samba de Roda ocorrido entre 2004 e 2005 e foi membro do grupo Samba das Raparigas durante muito tempo, também foi um dos mestres premiados pela Associação de Sambadores e Sambadeiras da Bahia em 2014 e teve sua mini biografia publicada no Catálogo Sambadores e Sambadeiras.

Chegança de Mouros Barca Nova

A chegança ou marujada é a encenação, cantada em verso e prosa, de uma luta dentro de uma embarcação. A Chegança de Mouros Barca Nova é uma manifestação popular com mais de 100 anos de existência, a história da luta nesta chegança é entre mouros (os turcos) e os marujos portugueses. O motivo da luta – a barca portuguesa invadiu por acidente as águas da Turquia e isso ocasionou a guerra.

O pandeiro é o único instrumento utilizado para dá ritmo e som, e o texto ora é falado como no teatro ora é cantado. Música, falas, dança e teatro são alguns dos ingredientes que dão vida a esta expressão tradicional. A apresentação leva o público ao imaginário das navegações coloniais dos séculos 15, 16 e 17. Detalhes da programação no desfile estão disponíveis no site da Funceb.


Fonte: Ascom/FundaçãoCultural do Estado da Bahia (Funceb)