Mesmo preso, Lula é escolhido candidato do PT a presidente

A convenção nacional do PT escolheu hoje no sábado 4/8, por aclamação, o nome de Luiz Inácio Lula da Silva para ser o candidato à Presidência da República. Não foi definido quem será o vice-presidente na chapa de Lula. O encontro também homologou o apoio do PCO e do PROS à candidatura do PT.

A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (SC), afirmou em discurso que o partido “não pensa em plano B, C ou D como alternativa ao nome de Lula como candidato a presidente”.  “Hoje, nesta data histórica da convenção do PT, nós dizemos ao brasil que Lula é nosso candidato”, disse Gleisi.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso em Curitiba, desde 7 de abril, após ter sido condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, em segunda instância, no caso do triplex de Guarujá. O comando do partido aguarda a análise do registro da candidatura de Lula. Caberá ao Supremo Tribunal Federal (STF) dar a palavra final sobre a prisão de Lula e se ele estará apto a concorrer, já que a Lei da Ficha Limpa impedi candidaturas de condenados em segunda instância. O julgamento é esperado para os próximos dias.

Lideranças petistas estiveram presentes ao ato, como a ex-presidente Dilma Rousseff, governadores e parlamentares da sigla.

O ator Sérgio Mamberti leu, ao final da convenção do PT, uma carta escrita por Lula, onde ele ressalta que, em 38 anos de atividade no partido, é a primeira vez que não participava pessoalmente de um encontro nacional da legenda e afirmou que a democracia está “ameaçada”. “Agora querem fazer uma eleição presidencial de cartas marcadas, excluindo o nome que está à frente na preferência popular em todas as pesquisas”, disse.

O ex-presidente afirmou ainda que confia no reencontro com a militância. “De onde me encontro, estou sempre renovando minha fé de que o dia do nosso reencontro virá, pela vontade do povo brasileiro”.

O PT divulgou na sexta-feira 3/8, o programa para o Próximo Governo Lula (2019-2022), divididos em cinco eixos. São eles: “soberania nacional e popular na refundação democrática do Brasil”; “promover um novo período histórico de afirmação de direitos”, “novo pacto federativo para promoção dos direitos sociais”, “promover um novo modelo de desenvolvimento” e “transição ecológica para a nova sociedade do século XXI”.

 

 

Foto/Fonte: Agência Brasil

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