Lava Jato: empresário nega intermediação em pagamento de propina

Cópia de nota apresentada pelo dirigente da Galvão Engenharia

A defesa do engenheiro Shinko Nakandakari negou nesta terça-feira, dia 25, que ele tenha intermediado cobrança de propina na Diretoria de Serviços da Petrobras. Em documento enviado à Justiça Federal em Curitiba, o empresário se colocou à disposição da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público para colaborar com as investigações e para trazer os fatos.

Na segunda-feira, dia 24, a defesa do diretor da Galvão Engenharia Erton Medeiros Fonseca, preso na sétima fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, entregou à polícia comprovantes do pagamento que somam R$ 8,8 milhões de propina a uma pessoa que se apresentou como emissária da Diretoria de Serviços da Petrobras. Segundo o advogado do executivo, os pagamentos foram ordenados por Shinko Nakandakari, com conhecimento do ex-gerente de Serviços Pedro Barusco.

Fonseca disse ainda que Shinko cobrou o pagamento para que a empresa conseguisse contratos com a Petrobras. De acordo com o depoimento, divulgado pela Folha de S. Paulo, ou a empresa pagava o suborno ou não obtinha novos contratos com a estatal.

Shinko atuava junto com o ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco, que firmou acordo de delação premiada e se comprometeu a devolver US$ 97 milhões que foram obtidos ilegalmente no esquema de corrupção da estatal.

O executivo da Galvão Engenharia contou que se reuniu com Pedro Barusco para tratar da propina. A empreiteira teria sido orientada a pagar entre 0,5% e 1% do valor dos contratos.

Foto: Reprodução
Fonte: Agência Brasil

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