Homem recebe pontos sem anestesia e lembra: “Gritei muito mas não cedi”

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Vixe. Depois de sofrer um acidente de moto, o servidor federal Irismar Andrade, de 55 anos, que mora na Cidade de Caracaraí, Sul de Roraima, disse ter sido submetido a uma sutura [pontos cirúrgicos] no pé direito sem anestesia no hospital da região. “Gritei muito”, lamenta.

O cidaddão conta que procurou a unidade na quarta-feira, dia 20, após ter sofrido um corte profundo causado pelo impacto do acidente. Como não havia anestesia necessária para o procedimento, o servidor decidiu encarar a dor e evitar a ‘deformação’ do pé.

“A médica disse que não tinha anestesia para aplicar e costurar meu ferimento. Falei que podia fazer que eu aguentaria. Quando começou, senti muita dor e gritei muito, mas não cedi ao sofrimento. Fui até o fim. Foram cinco minutos ‘agonizantes’. Não queria sair dali [hospital] com o machucado aberto”, alega Andrade, comentando que teve cinco pontos no ferimento.

Ele contou que o hospital da cidade está ‘fragmentado’ e sem medicamentos básicos para oferecer aos usuários da unidade.

“A urgência e emergência funcionam no Corpo de Bombeiros e a administração no Quartel da Polícia Militar. Acredito que a reforma [na unidade] tem cinco meses, por isso está tudo dividido. Quem precisa de atendimento médico ‘sofre’. As mulheres que vão dar à luz são deslocadas para hospitais de outros municípios. Remédios estão em falta”, revela.

Já com o ferimento suturado, o servidor recebeu o anti-inflamatório, mas diz que teve de comprar o antibiótico. “Já tomei e espero melhorar logo”, aguarda.

Em nota, a Secretaria de Comunicação do Governo explica que a Unidade Mista de Caracaraí está sendo reformada. Por isso, as atividades foram transferidas para outros dois locais, sendo a parte administrativa no prédio da Polícia Militar e a parte médica no prédio do Corpo de Bombeiros.

As obras devem ficar prontas em nove meses, diz a nota. A Comunicação esclarece ainda que situações de internações e observações passam por uma estabilização do quadro clínico, para possibilitar a remoção para outra unidade mais próxima. A unidade de Mucajaí está recebendo um reforço, a fim de não  deixar a população desassistida.

A nota encerra pontuando que na quarta-feira, dia 20, houve um desabastecimento momentâneo de medicamentos, mas o problema foi solucionado ainda no mesmo dia. Fonte: G1 Roraima

 

Foto: Arquivo Pessoal

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