Comitiva de deputados visita Fundação Dr. Jesus

Impressionou aos integrantes da Mesa Diretora da Assembleia o trabalho social comandado pelo deputado Pastor Sargento Isidório na Fundação Doutor Jesus, que acolhe e trata dependentes químicos há 23 anos recuperando, neste período, 46 mil pessoas. O presidente Angelo Coronel se comprometeu a buscar recursos em todas as esferas governamentais para a manutenção do trabalho “pioneiro, digno e humano” dispensado pelo colega Isidório, sua esposa, dona Elza, e toda a sua família “inédito, incomparável e único no Brasil e no mundo”.

Ao contrário de entidades similares, não há grades, solitárias ou outros recursos degradantes. A área não é cercada e qualquer interno pode sair na hora que desejar, o que surpreendeu a comitiva que conheceu o complexo Fundação Doutor Jesus – que conta ainda com uma unidade nas proximidades, do outro lado da BR-324, a Pastoral Menino Jesus que abriga internos fragilizados, cadeirantes, portadores do virus HIV. Finalmente existe ainda a área do antigo hotel Fazenda Alto do Ipê, doada pelo ex-governador Jaques Wagner, (são 70 apartamentos) em fase de regularização pela administração do governador Rui Costa.

DIMENSÃO 
Perplexo, o presidente da ALBA disse que se existissem “outros Isidórios” em nosso país, a guerra das drogas estaria vencida, o crime diminuído e centenas de milhares de brasileiros, jovens, livres de uma senda que se não for interrompida leva ao cemitério ou a cadeia – com raras exceções, infelizmente, frisou. Para ele, só “in loco” se conscientizou do impacto social desse trabalho, da sua atualidade e necessidade. A comitiva do Legislativo foi integrada também pelos deputados Carlos Ubaldino (PSD), Aderbal Caldas (PP) e Luciano Simões (PMDB), além de dona Eleusa Coronel, presidente do Instituto Assembleia de Carinho, e pela defensora pública Tereza Cristina.

Todos os 1.242 internos da Fundação Doutor Jesus estavam em formação militar no acesso ao prédio principal para receber os integrantes da Mesa Diretora, ao som de um grupo de percussão que tocou música religiosa – ou adaptações de canções e batucadas de carnaval com letras gospel. Cerca de 130 são mulheres. O Pastor Isidório explicou como é feito o tratamento dos dependentes químicos – o maior número é de ex-usuários de crack – quase militar, com cerca de nove meses de internação para oferecer uma nova chance a quem de fato quer mudar, “mas aqui não aceitamos descaração, pois sempre tem muita gente precisando de apoio”.

Foto: Divulgação ALBA

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